O que fazer em Florença: todas as dicas da cidade mais romântica da Toscana
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O que fazer em Florença: todas as dicas da cidade mais romântica da Toscana

Por Camilla Ribeiro    Postado em 22.10.2019

Florença foi a segunda cidade que visitei nessa viagem para Itália e França e minha base para explorar a região da Toscana (veja aqui meu roteiro completo pela região). Amei Florença, a cidade é linda e cheia de história, e ter feito base lá, me permitiu explorá-la não só nos dias que dediquei a isso no meu roteiro, mas também depois dos bate-voltas que fazia para outras cidades.

A bela Piazza della republica (Foto: Viagem no Detalhe)
O Duomo de Florença (Foto: Viagem no Detalhe)
A romântica Ponte Vecchio (Foto: Viagem no Detalhe)

// COMO CHEGAR?

O jeito mais fácil de chegar a Florença é de trem. Eu vim de Roma e o trajeto de trem até lá durou pouco mais de uma hora. Comprei meu bilhete de trem, com antecedência, no site da Trenitalia.

// QUANDO IR?

Florença e a região da Toscana podem ser visitadas a qualquer época do ano, mas recomendo fugir do verão, para evitar as altas temperaturas e as multidões que povoam as cidades mais ainda nessa época.

Infelizmente, não pude seguir minha própria dica rs, pois aproveitaria minha viagem para visitar os campos de lavanda da Provence (confira tudo sobre essa visita nesse post aqui), que só florescem justamente no verão.

// QUANTO TEMPO FICAR?

Não tem mínimo, vale aqui aquela regra de quanto mais melhor. Eu fiquei 5 dias inteiros e foi ótimo, mas se tivesse mais tempo teria ainda tido muita coisa para conhecer. Recomendo, no mínimo, 4 dias na região da Toscana.

// ONDE SE HOSPEDAR?

Quem acompanha o blog há um tempo, sabe o quanto eu amo me hospedar em locais com história (contei mais sobre isso nesse post aqui). Assim, quando descobri o The Frame  – hotel localizado no prédio em que o quadro da Monalisa foi encontrado, em 1913, após ter sido roubado do Louvre –, não tive dúvidas de que era lá que me hospedaria em Florença!

Nosso quarto no The Frame Hotel (Foto: Viagem no Detalhe)

A escolha foi muito acertada: o hotel é novíssimo (foi aberto em dezembro/2018) e está tinindo! A decoração, toda inspirada na temática do roubo da Monalisa, conta com muitas reproduções do quadro, em estilo pop, da coleção do proprietário do hotel. A localização é perfeita, próximo de tudo (toda a programação que fiz em Florença e conto nesse post foi feita a pé).

Corredor do hotel repleto de Monalisas (Foto: Viagem no Detalhe)
Parte da sala de café da manhã do The Frame (Foto: Viagem no Detalhe)

Os quartos possuem design moderno e são super espaçosos e confortáveis. O café da manhã do hotel é uma delícia, farto e com itens diferenciados. Outro ponto alto, na minha opinião, é a cave subterrânea, com opções de vinho em taça numa máquina, que você pode, a qualquer tempo, se servir, com um cartão eletrônico. Achei muito legal poder passar lá, para uma taça, depois do jantar.

A cave subterrânea do The Frame Hotel (Foto: Viagem no Detalhe)

Por fim, o atendimento extremamente simpático e atencioso do The Frame também merece destaque! Recomendo muito o hotel – reserve (sem custo adicional) aqui.

Se preferir, pesquise aqui outras opções de hotel em Florença.

// O QUE FAZER?

Galleria Uffizi – Esse era um dos lugares que eu mais sonhava em conhecer em Florença! O museu que, hoje reúne uma das coleções de pintura mais ricas do mundo, é cheio de história.

A construção do edifício teve início em 1560, por ordem de Cosme I de Médici. O objetivo inicial da obra era alojar os gabinetes administrativo e legal (uffizi em italiano antigo) de Florença.

As obras terminaram em 1581 e o edifício começou a abrigar o fantástico acervo de arte que a família Médici havia reunido durante décadas. São essas obras de arte (e outras coisas mais!) que podemos ver nos dias de hoje, ao passear pela Galleria Uffizi.

Pelos corredores da Galleria Uffizi (Foto: Viagem no Detalhe)

Sendo o principal museu de Florença e um dos mais importantes do mundo, é claro que a galeria fica lotada! Mas, a dica para fugir da fila, é simples: comprar e agendar sua visita com antecedência, no site oficial. Vai por mim, não deixe para comprar o ingresso na hora: as filas são assustadoras!

Com a reserva na mão, basta trocar pelo ingresso com 15 minutos de antecedência do horário marcado, na porta indicada (quando fui, era a 3 – junho/2019), e entrar sem fila no museu!

O museu não é pequeno, mas, por ser organizado em ordem cronológica, a visita torna-se simples. Um dos highlights do acervo é a parte referente ao renascimento italiano, que conta com obras de Botticelli (é lá que está o nascimento da Vênus!), Leonardo da Vinci, Michelangelo, Rafael, Tiziano etc.

Ah, uma dica legal é fazer a visita com o áudio guia, que é bem didático e explicativo. Eu fiz e curti!

Ponte Vecchio – romântica ponte em arco medieval, que passa sobre o Rio Arno. É um dos cartões postais de Florença, sendo famosa também por suas várias joalherias.

Ponte de Vecchio, uma das mais bonitas da Itália (Foto: Viagem no Detalhe)

É um lugar em que sempre se passa, naturalmente, ao caminhar pela cidade. Vale admirar a ponte de dia e à noite, não sei em qual dos dois o cenário fica mais bonito!

Piazza della Signoria – é a praça central de Florença e uma verdadeira galeria de arte ao ar livre! Essa piazza conta com três estátuas: o Netuno, de Bartolomeu Ammannati (feita para celebrar as vitórias navais da Toscana), uma réplica do David de Michelangelo (o original ficou na praça até 1873, quando foi então levado para a Galleria dell’Accademia) e a de Hércules e Caco (que retrata a vitória de Hércules sobre Caco).

A Piazza della Signoria (Foto: VIagem no Detalhe)
Netuno, na Piazza della Signoria (Foto: Viagem no Detalhe)

Galleria dell’Accademia – depois da Galeria Uffizi, esse é o segundo museu mais visitado de Florença. A galeria foi aberta em 1784, com o intuito de oferecer material de estudo aos alunos de belas artes.

A entrada da Galleria dell’Accademia (Foto: Viagem no Detalhe)

Atualmente, é famosa e atrai multidões que desejam ver de perto a obra prima de Michelangelo: a colossal escultura de David, feita em mármore branco, que representa David antes de enfrentar Golias.

A escultura é impressionante pela sua perfeição estética e também pela quebra de paradigmas lançada pelo escultor, ao retratar um David tão diferente de como a figura tinha sido retratada até então (note a serenidade em seu olhar).

David, a obra prima de Michelângelo (Foto: Viagem no Detalhe)

A Galleria dell’Accademia conta com outras salas onde são exibidas mais esculturas e uma coleção de pinturas religiosas, mas, não se engane, o David é realmente o ponto alto da visita!

Assim como a Galleria Uffizi, a Galleria dell’Academia também fica lotada! E a dica para fugir da fila, é a mesma: comprar e agendar sua visita com antecedência, no site oficial. Vai por mim, não deixe para comprar o ingresso na hora: as filas são assustadoras!

Santa Maria del Fiore – Também conhecida com “Duomo de Florença”, essa catedral, localizada na Piazza del Duomo, é a principal de Florença e uma das maiores da Europa. Sua construção foi iniciada no final do século XIII, com o projeto de Arnolfo di Cambio, mas apenas concluída com o auxílio de outros arquitetos.

O magnífico Duomo de Florença (Foto: Viagem no Detalhe)

A entrada na Catedral é gratuita, mas é comum ter filas. Apesar de ter pegado uma longa fila, na manhã que fui visitá-la, não demorei muito a entrar. Um detalhe importante é que é preciso estar com os ombros cobertos para visitar o Duomo.

Detalhes da fachada do Duomo de Florença (Foto: Viagem no Detalhe)

A riqueza de detalhes e magnitude da catedral são de cair o queixo! Uma vez lá dentro, prepare-se para se impressionar com a grande joia do Duomo: a cúpula de Brunelleschi. Construída quase um século depois do término da obra da catedral e com 114 metros de altura (pense em como não deve ter sido difícil fazê-lo!!), sua realização foi o maior feito da vida do arquiteto!

As cenas pintadas no interior da cúpula representam o Juízo Final e foram feitas entre 1568 e 1579 por Giorgio Vasair e Federico Zuccari. 

A magnífica cúpula de Brunelleschi (Foto: Viagem no Detalhe)

Para quem deseja subir na cúpula, visitar a cripta e o campanário de Giotto (dizem oferecer uma bela vista da cidade) é preciso adquirir um ingresso específico, que é vendido próximo a Catedral. Eu acabei não visitando nenhum desses (por falta de tempo mesmo), mas acho que ver a cúpula mais de perto e subir no campanário deve ser bem interessante.

Piazza della Repubblica – É o coração da cidade e uma das praças mais bonitas de Florença, na minha opinião!

Piazza della repubblica, uma das minhas favoritas (Foto: Viagem no Detalhe)

Gucci Garden – Localizado na Piazza della Signoria, esse museu interativo celebra o passado da Gucci e seu renascimento sob o comando do diretor criativo Alessandro Michele. Como boa apaixonada por moda e pela marca, não pude deixar de conferir e gostei bastante.

Curti a experiência, não só de ver ao vivo o acervo do museu, como também de almoçar na Gucci Osteria e visitar a loja exclusiva da marca na entrada do Gucci Garden.

Apaixonados por moda vão pirar no Gucci Garden (Foto: Viagem no Detalhe)

Basílica de Santa Maria Novella – Mais uma bela e importante igreja de Florença, localizada ao lado da estação de trem de mesmo nome.

Uma curiosidade da igreja é que o crucifixo de madeira do altar principal foi feito por Brunelleschi (o mesmo da cúpula do Duomo) e reza a lenda que a obra foi feita em uma competição com seu amigo Donatello.

A Basílica de Santa Maria Novella (Foto: Viagem no Detalhe)

Piazzale Michelangelo – esse mirante, além de oferecer uma belíssima vista panorâmica de Florença, é o melhor lugar para assistir o pôr do sol da cidade.

Vista panorâmica de Florença, da Piazzale Michelangelo (Foto: Viagem no Detalhe)

// ONDE COMER?

Enoteca Pinchiorri – Não poderia começar a falar sobre gastronomia por outro restaurante que não esse, onde tivemos a experiência gastronômica mais incrível de Florença! Com 3 estrelas Michelin, a Enoteca Pinchiorri impressiona em cada detalhe, desde a belíssima decoração até sua sofisticada gastronomia.

O menu degustação foi impecável assim como a seleção de vinhos que harmonizou com nosso jantar, cuidadosamente selecionada pelo sommelier do restaurante. A icônica carta de vinhos, aliás, é uma atração a parte: quase tão grossa como uma Bíblia!!

A experiência de jantar na Enoteca Pinchiorri, como é de se esperar, não é barata, mas, sem dúvidas, vale o investimento para os apaixonados por gastronomia!

Nosso jantar na Enoteca Pinchiorri (Foto: Viagem no Detalhe)

É imprescindìvel reservar com antecedência.

Endereço: Via Ghibellina, 87, 50122 Firenze 

Cantinetta Antinori – essa charmosa cantina fica na residência dos Antinori. O menu é focado na gastronomia local, mas com uma pegada sofisticada. Se você curte vinho, é um lugar imperdível para conhecer, já que os Antinori são considerados os imperadores do vinho da Toscana.

Na Cantinetta Antinori, vale a pena provar a versão da Bisteca Fiorentina da casa (mais delicada que a original) e pedir a opção de degustação de vinhos do menu (os rótulos são maravilhosos! Eu inclusive saí do restaurante com 3 garrafas rs). Ao final da refeição, não deixe de provar a grapa de Tignanello.

Jantar e degustação de vinhos na Cantinetta Antinori (Foto: Viagem no Detalhe)

Endereço: Piazza degli Antinori, 3, 50123 Firenze

Gucci OsteriaComandada pelo chef italiano Massimo Bottura, essa osteria faz parte do Gucci Garden. Se desejar sentar no ambiente interno, é importante fazer reserva (eu não fiz e só consegui uma mesa externa, no almoço).

Achei a comida muito boa (provei um risoto delicioso!), mas as porções são bem pequenas – vale o alerta! Pela experiência completa de visitar o museu (quem almoça na Osteria ganha entrada para o museu), o restaurante e a loja, numa imersão no mundo Gucci, é bem bacana!

Almoço no jardim da Gucci Osteria (Foto: Viagem no Detalhe)

Endereço: Piazza della Signoria, 10, 50122 Firenze 

Trattoria Zà Zà – Um dos grandes achados de Florença! Essa trattoria, com ambiente super aconchegante e preços justos, serve massas e pratos locais deliciosos! Não deixe de provar o combo de entradas e as massas frescas.

Jantar na Trattoria Zá Zá (Foto: Viagem no Detalhe)

Endereço: Piazza del Mercato Centrale, 26r, 50123 Firenze

Signorvino – é uma mistura de loja de vinhos, delicatessen e restaurante e tem a vista mais linda da Ponte Vecchio! Chegue bem cedo se for almoçar (as mesas são disputadas) ou vá no jantar (que fiquei com a impressão de ser mais tranquilo), pegue uma mesinha na varanda, escolha seus petiscos & vinho e apreciei o visual! 🙂

Vista privilegiada do Signorvino (Foto: Viagem no Detalhe)
A parte de dentro do restaurante (Foto: Viagem no Detalhe)

Endereço: Via de’ Bardi, 46R, 50125 Firenze

***

Florença é um sonho de cidade, definitivamente, um dos lugares mais lindos e românticos que já visitei! Com esse post, concluo a série sobre a Itália, que já contou com posts sobre Roma, a região da Toscana e Cinque Terre. Qual foi seu favorito?

Obrigada pela visita!

Beijos, Camilla

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1 Comentário
  1. […] 5 a 10 – Toscana, com base em Florença, passando por Pisa, Lucca, Chianti, San Gimignano e […]

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