Desde que descobri que não precisava ir até a Provence para ver campos de lavanda, pois uma simples escapada à Cunha me permitiria ver de pertinho essas lindas plantações, não sosseguei até conhecer a cidade!

Idílicos campos de lavanda do Lavandário (Foto: Viagem no Detalhe)
Cunha é uma cidade super charmosa da região serrana de São Paulo. Um lugar sossegado, tranquilo e perfeito para curtir um fim de semana romântico e com muito contato com a natureza.

O charme da serra, em Cunha (Foto: Viagem no Detalhe)
Apesar dos campos de lavanda terem sido o que me atraiu, inicialmente, a fazer essa viagem, Cunha é recheada de atrações – trilhas, cachoeiras, cervejaria, ateliers de cerâmica… -, é o tipo de lugar que não te deixa ficar entediado. Além disso, é dotada de ótimas opções de hospedagem e excelentes restaurantes, ou seja, tudo o que precisa para se tornar um must go e, garanto, é!
// Como chegar?
Cunha está, mais ou menos, no meio do caminho entre Rio de Janeiro (300 km de distância) e São Paulo (223 km de distância).
Como moro no Rio, fui de carro mesmo para a cidade. Para quem vem de fora é possível descer em qualquer um desses aeroportos e, de lá, alugar um carro para concluir o percurso até Cunha.
Cunha é pertinho de Paraty (cerca de 50 km de distância), então, também é possível pensar em uma visita combinada às duas cidades, se você tiver mais tempo.
// Quando ir?
Cunha tem atrações para o ano todo, é o tipo de cidade que dá para curtir tanto no verão como no friozinho do inverno. Os campos de lavanda, diferentemente do que acontece na Provence, funcionam e florescem durante todo o ano.

Campos de lavanda no fim de março (Foto: Viagem no Detalhe)
Eu visitei a cidade no penúltimo fim de semana de março e peguei lindos dias e os campos cheios de lavanda, com uma coloração linda! As fotos, por si só, não me deixam mentir 🙂 Mas, quando postei no meu Instagram sobre o lugar, recebi alguns relatos de pessoas que foram em Novembro e que encontraram as plantações secas e não tão bonitas. Então, minha dica é sempre confirmar antes de ir, de preferência com seu hotel ou pousada 😉
// Quanto tempo ficar?
Não existe tempo mínimo para ficar em Cunha, especialmente se o objetivo for descansar e recarregar as energias. De 3 a 4 dias dá para entrar no clima slow motion local, mas se você só tiver um fim de semana, como foi o meu caso, já dá pra conhecer bastante coisa! 😉
// Onde Ficar?
Não faltam excelentes opções de hotéis e pousadas em Cunha! Definitivamente há hospedagem para todos os gostos e bolsos na cidade, que também é recheada de pousadas de charme, para quem procura um lugarzinho mais especial.
Eu escolhi ficar na Estalagem Shambala, uma pousada muito charmosa, construída com base na filosofia oriental (há milhares de referências ao sudeste asiático em sua decoração) e voltada para o relaxamento e contemplação.

Cantinho de paz e contemplação na Estalagem Shambala (Foto: Viagem no Detalhe)
O lugar é um refúgio romântico e tranquilo, com uma estrutura fantástica e um restaurante sensacional. Só de ver as fotos e relatos de outros visitantes, não tive dúvidas de que era lá onde deveria me hospedar e, posso dizer com toda certeza, acertei na mosca! 🙂

Nosso quarto na Estalagem Shambala (Foto: Viagem no Detalhe)
Eu contei mais sobre a minha experiência na Estalagem Shambala nesse hotel review, pois o lugar, definitivamente, merecia um post especial! Mas, resumindamente: super recomendo!

Uma parte da piscina do hotel (Foto: Viagem no Detalhe)
Para reservar, entre em contato com contato@estalagemshambala.com.br Se preferir, veja aqui outras opções de hospedagem em Cunha.
// O que fazer?
Ao mesmo tempo que Cunha é um refúgio de sossego, é recheada de atrações. Há muito o que ver e fazer por lá, veja só:
➦ Lavandário – é o maior e mais conhecido campo de lavanda de Cunha. São cerca de 40 mil (!) pés de lavanda plantados, que florescem durante o ano todo! O lugar é lindo, hiper fotogênico e tem uma estrutura bem bacana, com vários mirantes estratégicos, um spa, lanchonete e lojinha.

Cenário encantador do Lavandário (Foto: Viagem no Detalhe)

Um dos diversos mirantes do Lavandário (Foto: Viagem no Detalhe)
Vale muito a pena fazer uma pausa na lanchonete e provar o delicioso sorvete de alecrim, com o visual do lavandário de fundo! Achei a loja bem carinha, mas é difícil resistir à tentação de comprar um creminho ou sabonete de lavanda! rs

Delicioso sorvete de alecrim (Foto: Viagem no Detalhe)

Creminhos de lavanda, na loja do Lavandário (Foto: Viagem no Detalhe)
O Lavandário funciona de sexta a domingo e feriados, das 10h até o pôr do sol (para assistir ao pôr do sol, chegue até às 17h) e a entrada custa R$ 10. Eu estive lá duas vezes, na minha viagem: de manhã e no fim do dia, para assistir ao famoso pôr do sol, que realmente é um espetáculo lindo demais!
DICA VIAGEM NO DETALHE®: quando saí da visita de manhã, avisei que tinha planos de voltar para o pôr do sol e não precisei comprar um novo ingresso pra entrar pela segunda vez no Lavandário.
➦ Contemplário – Esse é o segundo campo de lavanda da cidade e oferece uma experiência completamente diferente da do Lavandário, na minha humilde opinião. Primeiro, porque o lugar é bem menos conhecido e comercial (e, por isso, bem mais vazio!) e também por oferecer bem mais integração com as lavandas.

Perdida em meio aos campos de lavanda do Contemplário (Foto: Viagem no Detalhe)
No Lavandário, a maior parte das plantações é demarcada, de modo que você não tem muito aquela experiência de caminhar em meio as lavandas. Já, no Contemplário, você pode circular livremente entre as plantações, que são gigantescas (claro, sempre com cuidado para ver onde está pisando e com respeito à natureza!), além de haver vários cantinhos para a contemplação da paisagem.

Um dos muitos cantinhos de contemplação (Foto: Viagem no Detalhe)
Um dos meus cantinhos favoritos do Contemplário foi um deck, construído junto a uma árvore, sobre os campos de lavanda. O lugar perfeito para contemplar a beleza da natureza e ver a vida passar sem pressa…

Consegue me achar em cima das plantações de lavanda? (Foto: Viagem no Detalhe)
O Contemplário possui também um chalé, construído em madeira e vidro, com vista panorâmica das plantações, onde é possível se hospedar. Achei a ideia interessante, mas, se você estiver pensando em ir, considere que o local é mais afastado de tudo.
O lugar conta ainda com um café, com vista das plantações, com uma lojinha integrada. Achei os preços dessa lojinha bem mais acessíveis do que os da lojinha do Lavandário, mas as opções são reduzidas e os produtos, mais simples.

Iracema Café, no Contemplário (Foto: Viagem no Detalhe)
O Contemplário funciona de quinta a domingo e segundas-feiras, das 10h às 18h. A entrada é gratuita.
➦ Cervejaria Wolkenburg – Visitar a cervejaria é um programão. Primeiro pela deliciosa e exclusiva cerveja produzida lá, apenas em Cunha e, segundo, pelo cenário da fábrica que a produz, que é lindo! Wolkenburg quer dizer “castelo nas nuvens”, uma referência à altura do lugar – já imaginou o visual lá de cima, né?

Fachada da Wolkenburg (Foto: Viagem no Detalhe)
A produção da Wolkenburg é extremamente artesanal e o processo produtivo é livre de todo e qualquer conservante, de modo que, o resultado final é praticamente um chopp engarrafado.

Beer with a view! (Foto: Viagem no Detalhe)
A Cervejaria está aberta para visitação aos sábados e feriados nacionais, das 11h às 17h, e aos domingos, das 11h e 16h. Não é necessário agendar previamente a visita.
Ah, um detalhe importante: para chegar lá, é preciso percorrer uma estrada não asfaltada de aproximadamente 2,5 km . Se você quiser provar a cerveja e não estiver disposto a fazer o trajeto, é possível encontrá-la no mercado municipal da cidade.
➦ Cerâmicas – Cunha é conhecida como “Cidade da Cerâmica”, pela produção em larga escala com a matéria prima, nos diversos ateliers da cidade. Mesmo se você não tiver a intenção de fazer compras (e as cerâmicas não são baratas, vale destacar), vale a pena visitar alguns dos ateliers da cidade, para, pelo menos, contemplar a beleza da arte produzida!
Eu fui em 2: o Suenaga, que tinha as peças mais lindas da vida, e a Casa do Artesão, que não é exatamente uma atelier, mas sim um espaço que reúne cerâmicas de diversos artistas – perfeito para quem quer conhecer mais e não tem tempo de fazer uma peregrinação por todas as dezenas de ateliers que existem na cidade.

Casa do Artesão (Foto: Viagem no Detalhe)
➦ Centro histórico – O centro histórico de Cunha não tem lá muitas atrações, mas é interessante por seu mercado municipal (bom para comprar temperos orgânicos), igreja matriz e para dar um pulo na deliciosa Doceria da Cidinha, sobre a qual falo mais ao fim desse post.

Mercado Municipal de Cunha (Foto: Viagem no Detalhe)
➦ Fazenda Aracatu – O lugar é uma combinação de fazenda com empório, cheio de charme e decoração vintage. Vale a pena dar um pulo lá, depois de visitar o Contemplário (é caminho), especialmente para comprar algumas iguarias locais e provar o delicioso sorvete de vaca jersey, a estrela da Fazenda Aracatu!

Graciosa entrada da Fazenda Aracatu (Foto: Viagem no Detalhe)

O famoso sorvete de vaca Jersey (Foto: Viagem no Detalhe)
➦ Pedra da Macela – Apesar de eu não ter feito, não posso deixar de mencionar aqui a trilha da Pedra da Macela, uma das mais famosas de Cunha. Dizem que a caminhada até a pedra, que fica a 1850 metros de altitude, é pesada, mas o visual panorâmico de Angra dos Reis e Paraty, em meio as serras e vales, certamente compensa!

A famosa Pedra da Macela (Foto: feriasbrasil.com.br)
➦ Cachoeiras – Como destino de ecoturismo que é, Cunha não deixa a desejar no quesito cachoeira – são várias espalhadas pela cidade. A Cachoeira do Pimenta é uma das mais conhecidas e tem acesso bem sinalizado.

Cachoeira do Pimenta (Foto: cunhatur.com.br)
No tempo que tive e com foco em ter um fim de semana romântico de descanso, acabei não conseguindo ir às cachoeiras, mas com certeza vou querer conhecê-las, quando voltar lá!
// Onde comer?
➦ La Taverne Bistrô – esse charmoso bistrô foi, sem dúvidas, meu restaurante favorito na cidade. O ambiente é uma graça, o menu é super autêntico, com destaque para os ingredientes locais e o atendimento é excepcional. Ou seja, impossível não amar! Indo lá, não deixe de provar a pasta de shimeji, super diferente e deliciosa!

Ambiente charmoso do La Taverne Bistrô (Foto: Viagem no Detalhe)

Deliciosos cogumelos recheados, meu prato no La Taverne (Foto: Viagem no Detalhe)
➦ Estalagem Shambala – O restaurante do hotel em que fiquei (também aberto a não hóspedes) é um dos mais renomados da cidade. A proposta lá – assim como na maioria dos restaurantes da cidade – é slow food (“comida sem pressa”), o que é destacado principalmente no imperdível menu degustação oferecido durante o jantar, que combina culinária local e tailandesa/indiana.

Canelotini de berinjela, meu prato favorito do menu degustação (Foto: Viagem no Detalhe)
No restaurante da Estalagem, eles trabalham principalmente com produtos frescos e orgânicos, produzidos no quintal do hotel, priorizando, assim, uma cozinha artesanal e atenta aos mínimos detalhes. A experiência gastronômica de jantar lá é imperdível!

Culinárias tailandesa e brasileira se encontram (Foto: Viagem no Detalhe)
É essencial reservar previamente, o que pode ser feito pelo e-mail contato@estalagemshambala.com.br
➦ Quebra Cangalha – Um dos restaurantes mais tradicionais da cidade, possuí também uma proposta de slow e comfort food. O ambiente é simples, mas muito agradável e os pratos foram uma ótima surpresa. Não deixe de provar a panelinha de cogumelos com parmesão – deliciosa!

Simpática fachada do Quebra Cangalha (Foto: Viagem no Detalhe)

Salmão com risoto de parmesão (Foto: Viagem no Detalhe)

Um dos muitos cantinhos lindos do restaurante (Foto: Viagem no Detalhe)
➦ Doceria da Cidinha – Esse simpático café, no centro histórico da cidade, definitivamente vale uma parada! Além do agradável ambiente, os doces, como não poderia deixar de ser, se destacam no menu e valem cada caloria extra!

Ambiente fofo da Doceria da Cidinha (Foto: Viagem no Detalhe)

Charmoso cantinho do café, na Doceria da Cidinha (Foto: Viagem no Detalhe)
E aí, consegui te convencer que Cunha é um destino imperdível? 🙂
Obrigada pela visita!
Beijos, Camilla
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[…] decidi ir para Cunha, buscava um fim de semana de descanso, tranquilidade, conexão com a natureza e momentos […]
[…] de semana romântico e com muito contato com a natureza. Contei tudo sobre os dias que passei lá nesse post aqui. E também fiz um post especial sobre o hotel em que me hospedei por lá, a Estalagem […]
29.07.2019
Realmente Cunha é um espetáculo! Eu e minha esposa estivemos por lá no início do ano, e concordamos com as informações e orientações do post. Sem dúvida, Cunha foi pra nós e é, um dos melhores destinos turísticos do Brasil, e por que não do mundo né?
Essa é a nossa opinião!
29.07.2019
Que bom saber disso! Concordo plenamente com vcs, Cunha é um destino incrível mesmo! 🙂
[…] romântico e com muito contato com a natureza. Contei tudo sobre os dias que passei lá nesse post aqui. E também fiz um post especial sobre o hotel em que me hospedei por lá, a Estalagem […]
29.02.2020
Olá ja passei por Cunha mas nunca fui conhecer a cidade. Gostaria de saber se é seguro para um casal fazer trilhas pois tenho muito medo, e para um fim de semana quanto mais ou menos é de gastos? Grata.
02.03.2020
Oi, Nilza! Tudo bom?
Eu não cheguei a fazer nenhuma trilha, então não posso confirmar o grau de dificuldade. Todos os passeios que fiz foram esses que mencionei no post. Em relação aos gastos, depende muito do tipo de passeio, hotel e restaurantes que vocês irão optar. Sugiro que faça uma pesquisa diretamente nos sites dos lugares que planeja ir, para ter uma ideia mais certinha de valores, de acordo com a sua programação 😉
Beijos,
Camilla
19.09.2020
Gostei muita da matéria. Eu também gosto de Lavanda. Ao procurar sobre lavandas, encontrei sobre sua viagem.
Comprei uma pequena chácara e quero produzir lavanda.
Obrigado
20.09.2020
Que legal, adorei saber! Espero que a plantação fique bem linda na sua nova chácara 🙂
06.04.2021
Adorei suas dicas para Cunha . Quantos dias vc acha que vale passar lá ? Abs
07.04.2021
Oi, Guilherme! Tudo bom? Que legal que curtiu as dicas. Dá uma olhadinha na parte do post “Quanto tempo ficar?” que tem essa informação. Qualquer coisa, me fala 😉