Agra, muito além do Taj Mahal
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Agra, muito além do Taj Mahal

Por Camilla Ribeiro    Postado em 10.07.2017

Por abrigar o mais famoso monumento indiano – o Taj Mahal – Agra é uma parada certeira no roteiro de quem visita a Índia. Obviamente, não poderia deixá-la de fora do meu!

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Taj Mahal: monumento mais visitado na Índia (Foto: Viagem no Detalhe)

Antes de viajar para a Índia, ouvi muitos comentários de que Agra era uma cidade suja, feia e caótica e que o Taj Mahal era a única coisa que justificaria a ida até lá.

Depois de conhecê-la, posso dizer que considerei esse julgamento bem duro. A cidade, de fato, é bem caótica e pode-se dizer que um pouco suja também, mas acho que merece seu lugar ao sol e que há pontos de interesse a serem visitados lá, além do Taj.

Como chegar?

Agra localiza-se a aproximadamente 200 km de New Delhi e, apesar de haver trem até a cidade, recomendo o deslocamento de carro, com motorista privativo, por ser o jeito mais prático e confortável de chegar lá, na minha opinião. Nesse post, você encontra minha indicação de motorista para a sua viagem à Índia (e tudo mais necessário para planejar sua visita ao país 😉 ).

Quanto tempo ficar?

Apesar da maioria das pessoas se darem por satisfeitas com um bate volta para Agra, só pra ver o Taj Mahal mesmo, acho que a cidade tem atrativos que merecem uma visita com calma, até para não ser tão cansativo.

Como comentei no post com meu roteiro completo, passei 2 noites em Agra e foi ótimo para conhecer tudo num ritmo bom e ainda conseguir curtir meu hotel – o incrível Oberoi Amarvilas, sobre o qual vou falar com detalhes adiante.

Se você planeja se hospedar nesse hotel também, recomendo essa quantidade de tempo. Caso contrário, 1 noite é satisfatória para conhecer os principais pontos turísticos da cidade.

Onde ficar?

Se você puder investir em apenas um hotel bacana, numa viagem à Índia, recomendo que seja o Oberoi Amarvilas! Definitivamente, foi um dos hotéis que mais amei me hospedar na vida, sem exageros, e recomendo muitíssimo!

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O incrível Oberoi Amarvilas (Foto: Viagem no Detalhe)

Para começo de história, quase todas as áreas comuns do hotel (e alguns quartos) tem vista para o Taj Mahal. Logo que você chega, eles fazem a marquinha da prosperidade na sua testa, te dão um drink e te encaminham para o lounge principal para aguardar o check in, onde você já tem AQUELE visual do Taj. Impossível não se impressionar.

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Nosso quarto no Oberoi (Foto: Viagem no Detalhe)

Eu havia reservado um quarto simples, mas tive a sorte de receber um upgrade para uma suíte com varanda com vista direta para o monumento e não poderia ter ficado mais feliz! Como comentei aqui, viajar na baixa temporada tem essas vantagens: além de ser possível conseguir ótimos preços, é bem comum receber upgrades nos hotéis (eu tive essa regalia em praticamente todos os lugares onde me hospedei 🙂 ) .

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Vista do Taj com zoom, da nossa varanda (Foto: Viagem no Detalhe)

Além das vistas de tirar o fôlego do Taj Mahal de diversas áreas, a localização privilegiada (a apenas 600 metros do monumento e com direito a carrinhos de golfe para levar os hóspedes lá, sem custo adicional), a decoração suntuosa do hotel, o atendimento super atencioso e personalizado e a gastronomia de altíssimo nível tornam a hospedagem no Oberoi uma experiência realmente inesquecível.

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Luxuoso hall do Oberoi (Foto: Viagem no Detalhe)

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Áreas comuns do hotel (Foto: Viagem no Detalhe)

Não posso deixar de destacar também a piscina surreal do lugar, que foi – como não poderia deixar de ser! – um dos meus lugares favoritos para me refrescar do calor do alto verão indiano. Na piscina, é possível pedir bebidas e uma seleção de petiscos bem gostosa.

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Piscina surreal do Oberoi (Foto: Viagem no Detalhe)

O hotel conta ainda com 2 restaurantes, o Bellevue, que oferece culinária ocidental, e o Esphahan, focado na cozinha indiana. Apesar de não ter experimentado o primeiro – fui lá apenas no café da manhã, que é excepcional, aliás -, amei o segundo. Jantei lá duas vezes e recomendo muito!

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Café da manhã indiano, no restaurante Bellevue (Foto: Viagem no Detalhe)

O hotel tem ainda um bar, com vista para o Taj Mahal, na parte externa e um Spa, que eu não tive tempo de testar, mas que é muito bem recomendado.
Amei tudo no Oberoi e recomendo, de olhos fechados, a hospedagem lá!
Reserve sua estadia lá por aqui.

O que fazer?

É claro que o turismo em Agra gira basicamente em torno do Taj Mahal, que é o monumento mais visitado na Índia. Mas visitá-lo não é o único passeio que existe para se fazer na cidade.

Amanhecer no Taj Mahal – Não importa  quantas fotos você já tenha visto, ou o quanto tenha ouvido falar sobre ele, ver o Taj Mahal ao vivo é uma das coisas mais incríveis dessa vida. Deveria entrar para a bucket list de todo mundo!

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Amanhecer no Taj Mahal (Foto: Viagem no Detalhe)

O Taj Mahal não é apenas incrivelmente lindo, ele é o maior monumento construído por amor nesse mundo!

A história de sua construção teve início com a prematura morte da esposa do imperador mongol Shah Jahan, Muntaz Mahal, após dar a luz ao 14º filho do casal. Reza a lenda que, no seu leito de morte, Muntaz fez três pedidos a ele: primeiro, que cuidasse bem dos filhos deles, segundo, que nunca se casasse novamente e, terceiro, que construísse algo que fizesse com que a sua memória nunca fosse apagada.

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Detalhes da arquitetura (Foto: Viagem no Detalhe)

Shah Jahan, então, não sossegou até construir um mausoléu à altura de sua amada e ô se não foi eficiente no seu objetivo! Foram necessários mais de 20.000 homens, milhares de pedras preciosas e mais de 20 anos de trabalho duro para criar o Taj.

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Portão de entrada do Taj Mahal (Foto: Viagem no Detalhe)

Com o intuito de ser a recriação do próprio paraíso – como de costume objetivam os mausoléus muçulmanos – e para que o mundo jamais se esquecesse de sua amada, Shah Jahan construiu o que muitos consideram ser a maior ode ao amor que já existiu e hoje reconhecida como uma das 7 maravilhas do mundo moderno.

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Jardins e espelho d’água que antecedem o Taj (Foto: Viagem no Detalhe)

Linda história, né? Somente vendo pessoalmente o monumento é possível captar toda a sua grandiosidade e riqueza de detalhes. Por isso, recomendo muitíssimo que você faça a visita com um guia. Indico fortemente os serviços do Sr. Vikran, da agência Driver India Private Tours (sobre a qual já falei nesse post), um excelente guia, que explica tudo no mínimos detalhes e que, certamente, foi responsável por tornar minha visita ao monumento tão incrível.

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Eu e marido, apreciando essa maravilha do mundo moderno (Foto: Viagem no Detalhe)

Outra dica importante é visitar o Taj Mahal logo no primeiro horário, ele abre ao nascer do sol. É incrível observar o sol reluzindo na sua cúpula branca com fios de ouro e criando um cenário ainda mais perfeito. Eu cheguei pontualmente às 6h e foi um ótimo horário, não peguei fila alguma (o que certamente também teve a ver com o fato de ser baixa temporada).

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Detalhes no mármore do Taj Mahal (Foto: Viagem no Detalhe)

Após chegar ao complexo e comprar o ingresso, os visitantes recebem um par de protetores de calçados – para usar em toda a área do prédio principal, onde fica o mausoléu, para não danificar o mármore branco – e uma garrafinha de água. Não é permitido entrar com alimentos, bebidas ou tripé de máquina no monumento.

Ah, e para quem se hospeda no Oberoi, o hotel oferece um “pré-café da manhã”, com café, chá e algumas guloseimas, considerando que a maioria das pessoas madrugam para visitar o Taj. O hotel também disponibiliza carrinhos de golfe para levar e buscar os hóspedes até o monumento, sem custo adicional (eu consegui usar o carrinho até no dia que fui no Taj à noite!).

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Dentro do carrinho de golfe do Oberoi (Foto: Viagem no Detalhe)

Nightview of Taj Mahal – Em uma noite de lua cheia por mês, é possível fazer uma visita noturna ao Taj Mahal, iluminado pela luz do luar. E eu posso dizer que dei a sorte da noite de lua cheia ter caído bem no período em que estava em Agra! o/ Então, é claro, que fiz a visita, né?!

Confesso que a lua não estava beeem em cima do Taj quando fui lá, o que dificultou um pouco a visibilidade (já que não há iluminação no monumento), mas ainda assim a experiência de estar lá, à noite, foi incrível e recomendo demais!

Essa visita noturna tem duração limitada de 30 minutos e não é possível entrar com celulares, comidas e/ou bebidas, apenas com câmera convencional. Vale destacar que o controle é super rigoroso!

Consulte as datas da lua cheia por mês no site do Taj, para planejar sua visita noturna ao monumento.

Red Fort – O Forte Vermelho de Agra é uma fortaleza mongol, construída entre 1565 e 1573, a mando do imperador Akbar (avô do Shah Jahan). O forte foi todo construído em arenito vermelho e consistia na residência real da época. Após muitos anos, o neto de Akbar acrescentou ao forte alguns edifícios em mármore. Novamente aqui, recomendo que você contrate um guia, para explicar os detalhes do forte (que são muitos!) e potencializar o aproveitamento da sua visita.

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O Forte de Agra (Foto: Vigem no Detalhe)

O forte é muito interessante – me senti um pouco em Game of Thrones lá! rs – e cheio de detalhes. Fiz a visita a esse monumento também com o Sr. Vikran e novamente recomendo muito seus serviços.

Itimad-ud-Daulah – Ao lado esquerdo do rio Yamuna, que corta a cidade de Agra, está esse mausoléu, também conhecido como “Baby Taj” ou “porta-joias de mármore”. Sua construção ocorreu entre os anos de 1622 e 1628, a mando da imperatriz Nurjahan, em memória de seu pai, Mirza Ghiyas Beg, e de sua mãe, Asmat Begum.

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Itimad-ud-Daulah, carinhosamente conhecido como Baby Taj (Foto: Viagem no Detalhe)

Mirza Ghiyas Beg era persa de se mudou para a Índia na época do reinado de Akbar. Sua filha, Nurjahan, casou-se com o filho do imperador Akbar, Jahangir. Com a união, ele se tornou Primeiro-Ministro e recebeu o título de Itimad-Ud-Daulah, que significa “Fundamental para o Estado”, de Akbar.

Muitos dizem que o Taj Mahal se inspirou nessa construção (daí o apelido), mas confesso que não reconheci muitas semelhanças entre os dois mausoléus, além do uso de mármore branco, como matéria-prima, não… De toda forma, o lugar, com sua linda arquitetura, é uma grata surpresa e certamente merece ser visitado!

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Detalhes da arquitetura do Baby Taj

Mehtab Bagh – Esses jardins são famosos por oferecerem uma excelente vista para o Taj Mahal, sendo o point na hora do pôr do sol. Vale muito a pena dar um pulinho lá para assistir o sunset e ver o Taj de um ângulo diferente e menos cheio!

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Vista do Taj Mahal, a partir dos jardins de Mehtab Bagh (Foto: Viagem no Detalhe)

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Sunset point (foto: Viagem no Detalhe)

Comprar produtos de mármore branco – o mármore branco indiano é reconhecido como um dos melhores do mundo, sendo o único que tem a característica de ser translúcido. E Agra é o melhor lugar para comprar produtos nesse material, já que tem a maior variedade de opções e os melhores preços. Vale lembrar sempre que pechinchar é a palavra de ordem na Índia! 😉

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Mármore branco, a grande especialidade de Agra (Foto: Viagem no Detalhe)

Onde comer?

Esphahan – Restaurante indiano localizado dentro do Hotel Oberoi, mas aberto também a não hóspedes. O Esphahan tem uma atmosfera deliciosa, com musica clássica indiana tocada ao vivo, e muitas opções de pratos típicos, de dar água na boca!

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Ambiente acolhedor do Esphahan (Foto: Viagem no Detalhe)

Jantei lá nas duas noites em que fiquei na cidade, experimentando pratos diferentes nas duas oportunidades, mas igualmente deliciosos! Na primeira noite, provei um peixe à moda mongol e, na segunda noite, o tradicional thali indiano, uma espécie de “menu degustação”.

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Peixe à moda mongol (Foto: Viagem no Detalhe)

O Thali é composto de um prato enorme, com vários pratinhos dentro, com porções pequenas de diversas comidas. Uma dica importante é que dá tranquilamente para pedir 1 thali e dividir para 2 pessoas (que vão comer bem satisfatoriamente!). Fiz isso nesse restaurante e em muitos outros em que jantei, ao longo da viagem, e sempre funcionou super bem! Então, se for pedir o thali, não deixe de perguntar se dá pra 2 😉

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Thali indiano, uma excelente pedida sempre! (Foto: Viagem no Detalhe)

Para não hóspedes, é importante reservar o restaurante previamente, o que pode ser feito pelo telefone +91 562 2231515.

Espero ter conseguido mostrar, nesse post, que Agra é muito mais do que o Taj Mahal 🙂

Esse foi o segundo post da série sobre as cidades que visitei na minha viagem para a Índia. No próximo, falo sobre Jaipur, a vibrante capital do Rajastão, e uma estratégica parada que fizemos, a caminho da cidade – não deixe de conferir! 😉

Obrigada pela visita!

Beijos, Camilla

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8 Comentários
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  2. […] Esse foi o primeiro post da série sobre as cidades que visitei na minha viagem para a Índia. No próximo, falo sobre Agra, a cidade do incrível Tah Mahal – não deixem de conferir! […]

  3. […] Apesar da inspiração vir do Marrocos, me lembrei um pouquinho de alguns hotéis maravilhosos da Índia em que me hospedei, nesse […]

  4. […] Taj Mahal (nome dado em homenagem a uma das 7 maravilhas do mundo moderno, situada na cidade de Agra) que conseguimos matar um pouco da saudade que temos dos pratos de lá. Seja pelos temperos, pela […]

  5. […] O Oberoi Amarvilas possivelmente foi o hotel mais incrível em que já me hospedei na vida. Talvez pelo seu estilo indiano único, talvez por sua piscina fenomenal ou muito talvez por estar de cara para o Taj Mahal! Sim, esse Taj Mahal mesmo que você pensou: uma das maravilha do mundo moderno, localizada em Agra, na Índia!! […]

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