Por abrigar o mais famoso monumento indiano – o Taj Mahal – Agra é uma parada certeira no roteiro de quem visita a Índia. Obviamente, não poderia deixá-la de fora do meu!
Antes de viajar para a Índia, ouvi muitos comentários de que Agra era uma cidade suja, feia e caótica e que o Taj Mahal era a única coisa que justificaria a ida até lá.
Depois de conhecê-la, posso dizer que considerei esse julgamento bem duro. A cidade, de fato, é bem caótica e pode-se dizer que um pouco suja também, mas acho que merece seu lugar ao sol e que há pontos de interesse a serem visitados lá, além do Taj.
Como chegar?
Agra localiza-se a aproximadamente 200 km de New Delhi e, apesar de haver trem até a cidade, recomendo o deslocamento de carro, com motorista privativo, por ser o jeito mais prático e confortável de chegar lá, na minha opinião. Nesse post, você encontra minha indicação de motorista para a sua viagem à Índia (e tudo mais necessário para planejar sua visita ao país 😉 ).
Quanto tempo ficar?
Apesar da maioria das pessoas se darem por satisfeitas com um bate volta para Agra, só pra ver o Taj Mahal mesmo, acho que a cidade tem atrativos que merecem uma visita com calma, até para não ser tão cansativo.
Como comentei no post com meu roteiro completo, passei 2 noites em Agra e foi ótimo para conhecer tudo num ritmo bom e ainda conseguir curtir meu hotel – o incrível Oberoi Amarvilas, sobre o qual vou falar com detalhes adiante.
Se você planeja se hospedar nesse hotel também, recomendo essa quantidade de tempo. Caso contrário, 1 noite é satisfatória para conhecer os principais pontos turísticos da cidade.
Onde ficar?
Se você puder investir em apenas um hotel bacana, numa viagem à Índia, recomendo que seja o Oberoi Amarvilas! Definitivamente, foi um dos hotéis que mais amei me hospedar na vida, sem exageros, e recomendo muitíssimo!
Para começo de história, quase todas as áreas comuns do hotel (e alguns quartos) tem vista para o Taj Mahal. Logo que você chega, eles fazem a marquinha da prosperidade na sua testa, te dão um drink e te encaminham para o lounge principal para aguardar o check in, onde você já tem AQUELE visual do Taj. Impossível não se impressionar.
Eu havia reservado um quarto simples, mas tive a sorte de receber um upgrade para uma suíte com varanda com vista direta para o monumento e não poderia ter ficado mais feliz! Como comentei aqui, viajar na baixa temporada tem essas vantagens: além de ser possível conseguir ótimos preços, é bem comum receber upgrades nos hotéis (eu tive essa regalia em praticamente todos os lugares onde me hospedei 🙂 ) .
Além das vistas de tirar o fôlego do Taj Mahal de diversas áreas, a localização privilegiada (a apenas 600 metros do monumento e com direito a carrinhos de golfe para levar os hóspedes lá, sem custo adicional), a decoração suntuosa do hotel, o atendimento super atencioso e personalizado e a gastronomia de altíssimo nível tornam a hospedagem no Oberoi uma experiência realmente inesquecível.
Não posso deixar de destacar também a piscina surreal do lugar, que foi – como não poderia deixar de ser! – um dos meus lugares favoritos para me refrescar do calor do alto verão indiano. Na piscina, é possível pedir bebidas e uma seleção de petiscos bem gostosa.
O hotel conta ainda com 2 restaurantes, o Bellevue, que oferece culinária ocidental, e o Esphahan, focado na cozinha indiana. Apesar de não ter experimentado o primeiro – fui lá apenas no café da manhã, que é excepcional, aliás -, amei o segundo. Jantei lá duas vezes e recomendo muito!
O hotel tem ainda um bar, com vista para o Taj Mahal, na parte externa e um Spa, que eu não tive tempo de testar, mas que é muito bem recomendado.
Amei tudo no Oberoi e recomendo, de olhos fechados, a hospedagem lá!
Reserve sua estadia lá por aqui.
O que fazer?
É claro que o turismo em Agra gira basicamente em torno do Taj Mahal, que é o monumento mais visitado na Índia. Mas visitá-lo não é o único passeio que existe para se fazer na cidade.
Amanhecer no Taj Mahal – Não importa quantas fotos você já tenha visto, ou o quanto tenha ouvido falar sobre ele, ver o Taj Mahal ao vivo é uma das coisas mais incríveis dessa vida. Deveria entrar para a bucket list de todo mundo!
O Taj Mahal não é apenas incrivelmente lindo, ele é o maior monumento construído por amor nesse mundo!
A história de sua construção teve início com a prematura morte da esposa do imperador mongol Shah Jahan, Muntaz Mahal, após dar a luz ao 14º filho do casal. Reza a lenda que, no seu leito de morte, Muntaz fez três pedidos a ele: primeiro, que cuidasse bem dos filhos deles, segundo, que nunca se casasse novamente e, terceiro, que construísse algo que fizesse com que a sua memória nunca fosse apagada.
Shah Jahan, então, não sossegou até construir um mausoléu à altura de sua amada e ô se não foi eficiente no seu objetivo! Foram necessários mais de 20.000 homens, milhares de pedras preciosas e mais de 20 anos de trabalho duro para criar o Taj.
Com o intuito de ser a recriação do próprio paraíso – como de costume objetivam os mausoléus muçulmanos – e para que o mundo jamais se esquecesse de sua amada, Shah Jahan construiu o que muitos consideram ser a maior ode ao amor que já existiu e hoje reconhecida como uma das 7 maravilhas do mundo moderno.
Linda história, né? Somente vendo pessoalmente o monumento é possível captar toda a sua grandiosidade e riqueza de detalhes. Por isso, recomendo muitíssimo que você faça a visita com um guia. Indico fortemente os serviços do Sr. Vikran, da agência Driver India Private Tours (sobre a qual já falei nesse post), um excelente guia, que explica tudo no mínimos detalhes e que, certamente, foi responsável por tornar minha visita ao monumento tão incrível.
Outra dica importante é visitar o Taj Mahal logo no primeiro horário, ele abre ao nascer do sol. É incrível observar o sol reluzindo na sua cúpula branca com fios de ouro e criando um cenário ainda mais perfeito. Eu cheguei pontualmente às 6h e foi um ótimo horário, não peguei fila alguma (o que certamente também teve a ver com o fato de ser baixa temporada).
Após chegar ao complexo e comprar o ingresso, os visitantes recebem um par de protetores de calçados – para usar em toda a área do prédio principal, onde fica o mausoléu, para não danificar o mármore branco – e uma garrafinha de água. Não é permitido entrar com alimentos, bebidas ou tripé de máquina no monumento.
Ah, e para quem se hospeda no Oberoi, o hotel oferece um “pré-café da manhã”, com café, chá e algumas guloseimas, considerando que a maioria das pessoas madrugam para visitar o Taj. O hotel também disponibiliza carrinhos de golfe para levar e buscar os hóspedes até o monumento, sem custo adicional (eu consegui usar o carrinho até no dia que fui no Taj à noite!).
Nightview of Taj Mahal – Em uma noite de lua cheia por mês, é possível fazer uma visita noturna ao Taj Mahal, iluminado pela luz do luar. E eu posso dizer que dei a sorte da noite de lua cheia ter caído bem no período em que estava em Agra! o/ Então, é claro, que fiz a visita, né?!
Confesso que a lua não estava beeem em cima do Taj quando fui lá, o que dificultou um pouco a visibilidade (já que não há iluminação no monumento), mas ainda assim a experiência de estar lá, à noite, foi incrível e recomendo demais!
Essa visita noturna tem duração limitada de 30 minutos e não é possível entrar com celulares, comidas e/ou bebidas, apenas com câmera convencional. Vale destacar que o controle é super rigoroso!
Consulte as datas da lua cheia por mês no site do Taj, para planejar sua visita noturna ao monumento.
Red Fort – O Forte Vermelho de Agra é uma fortaleza mongol, construída entre 1565 e 1573, a mando do imperador Akbar (avô do Shah Jahan). O forte foi todo construído em arenito vermelho e consistia na residência real da época. Após muitos anos, o neto de Akbar acrescentou ao forte alguns edifícios em mármore. Novamente aqui, recomendo que você contrate um guia, para explicar os detalhes do forte (que são muitos!) e potencializar o aproveitamento da sua visita.
O forte é muito interessante – me senti um pouco em Game of Thrones lá! rs – e cheio de detalhes. Fiz a visita a esse monumento também com o Sr. Vikran e novamente recomendo muito seus serviços.
Itimad-ud-Daulah – Ao lado esquerdo do rio Yamuna, que corta a cidade de Agra, está esse mausoléu, também conhecido como “Baby Taj” ou “porta-joias de mármore”. Sua construção ocorreu entre os anos de 1622 e 1628, a mando da imperatriz Nurjahan, em memória de seu pai, Mirza Ghiyas Beg, e de sua mãe, Asmat Begum.
Mirza Ghiyas Beg era persa de se mudou para a Índia na época do reinado de Akbar. Sua filha, Nurjahan, casou-se com o filho do imperador Akbar, Jahangir. Com a união, ele se tornou Primeiro-Ministro e recebeu o título de Itimad-Ud-Daulah, que significa “Fundamental para o Estado”, de Akbar.
Muitos dizem que o Taj Mahal se inspirou nessa construção (daí o apelido), mas confesso que não reconheci muitas semelhanças entre os dois mausoléus, além do uso de mármore branco, como matéria-prima, não… De toda forma, o lugar, com sua linda arquitetura, é uma grata surpresa e certamente merece ser visitado!
Mehtab Bagh – Esses jardins são famosos por oferecerem uma excelente vista para o Taj Mahal, sendo o point na hora do pôr do sol. Vale muito a pena dar um pulinho lá para assistir o sunset e ver o Taj de um ângulo diferente e menos cheio!
Comprar produtos de mármore branco – o mármore branco indiano é reconhecido como um dos melhores do mundo, sendo o único que tem a característica de ser translúcido. E Agra é o melhor lugar para comprar produtos nesse material, já que tem a maior variedade de opções e os melhores preços. Vale lembrar sempre que pechinchar é a palavra de ordem na Índia! 😉
Onde comer?
Esphahan – Restaurante indiano localizado dentro do Hotel Oberoi, mas aberto também a não hóspedes. O Esphahan tem uma atmosfera deliciosa, com musica clássica indiana tocada ao vivo, e muitas opções de pratos típicos, de dar água na boca!
Jantei lá nas duas noites em que fiquei na cidade, experimentando pratos diferentes nas duas oportunidades, mas igualmente deliciosos! Na primeira noite, provei um peixe à moda mongol e, na segunda noite, o tradicional thali indiano, uma espécie de “menu degustação”.
O Thali é composto de um prato enorme, com vários pratinhos dentro, com porções pequenas de diversas comidas. Uma dica importante é que dá tranquilamente para pedir 1 thali e dividir para 2 pessoas (que vão comer bem satisfatoriamente!). Fiz isso nesse restaurante e em muitos outros em que jantei, ao longo da viagem, e sempre funcionou super bem! Então, se for pedir o thali, não deixe de perguntar se dá pra 2 😉
Para não hóspedes, é importante reservar o restaurante previamente, o que pode ser feito pelo telefone +91 562 2231515.
Espero ter conseguido mostrar, nesse post, que Agra é muito mais do que o Taj Mahal 🙂
Esse foi o segundo post da série sobre as cidades que visitei na minha viagem para a Índia. No próximo, falo sobre Jaipur, a vibrante capital do Rajastão, e uma estratégica parada que fizemos, a caminho da cidade – não deixe de conferir! 😉
Obrigada pela visita!
Beijos, Camilla
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