New Delhi foi minha porta de entrada e saída para a Índia (veja meu roteiro completo aqui) e posso dizer que me surpreendi muito positivamente com a capital indiana!
Passar por lá é inevitável em uma viagem ao norte da Índia, mas não acho que valha a pena ir só de passagem não! Há muito a ser visto e aproveitado em Delhi, então recomendo que você reserve alguns dias para explorar a cidade.
Quanto tempo ficar?
Onde ficar?
A Índia tem alguns dos melhores hotéis do mundo e a hospedagem pode ser um ponto alto da sua viagem, se esse for um dos seus focos. Delhi tem muitos hotéis excelentes e, por isso, resolvi experimentar 2 opções diferentes, durante o período que fiquei lá.
No primeiro dia, quando cheguei ao país, fiquei no The Leela Palace e posso dizer que foi uma escolha MUITO feliz. O hotel é um verdadeiro palácio, lindíssimo, e com um super clima indiano! Assim que chegamos, fomos recebidos com drinks, coroas de flores e uma marquinha vermelha em nossas testas, que simboliza prosperidade na cultura indiana. Nada melhor pra já entrar no clima, né? 🙂
Logo que você chega lá, funcionários do hotel te oferecem uma cestinha com toalhinhas úmidas, água e limonada, para se refrescar – não tem como não amar, né?
A decoração do hotel é linda, o atendimento é perfeito e há muitas opções de restaurantes la dentro, uma melhor do que a outra. Resumindo: uma opção excelente de hospedagem! Recomendo de olhos fechados!
O segundo hotel que fiquei, dessa vez quando voltei pra Delhi, no fim do meu roteiro, foi o The Imperial.
O The Imperial também é lindo e super luxuoso, maaaas, eu não curti tanto ficar lá…
Apesar da indiscutível beleza do local, achei o atendimento super impessoal (estilo hotel de negócios, sabe?) e super renegando a cultura indiana. O hotel tem uma pegada forte inglesa e poderia tranquilamente se localizar na Inglaterra, porque você definitivamente não se sente na Índia lá dentro… e não teria nada de errado com isso, se você não estivesse viajando para a Índia e querendo justamente se sentir no país que você está, não é mesmo?!
Pra ilustrar: não espere ser saudado com efusivos namastês por lá e o café da manhã tem muito mais ênfase em guloseimas ocidentais do que no (tão incrível!!) café da manhã indiano.
Pra não ser injusta com o The Imperial, preciso dar destaque pra sua piscina – que é maravilhosa! – e pra variada seleção de bons restaurantes que você encontra lá dentro.
Minha experiência lá foi boa e não tenho realmente nada concreto do que me queixar (exceto por um sanduíche sem gosto que me serviram na piscina – não peçam o sanduíche de lá! Rs), mas, se voltasse pra Delhi, não me hospedaria novamente lá.
Para reservar sua hospedagem no The Imperial, clique aqui. Ou veja aqui outras opções de hotel em Delhi.
O que fazer?
Delhi é uma cidade grande, cheia de facetas e recheada de atrações! A parte nova da cidade é ampla, limpa e arborizada, bem diferente da imagem da Índia que povoa o imaginário de tanta gente. Já a parte antiga tem aquela muvuca, que eu, particularmente, amo: mercados de rua, trânsito caótico, templos, mesquitas, vários monumentos históricos… Mesmo se você não se apaixonar, não dá pra ficar indiferente!
No meu primeiro dia na cidade – que foi o dia que cheguei na Índia, virada no jet lag – fiz só 3 passeios (Humayun’s tomb, Indian Gate e Palácio Presidencial), porque estava bem cansada (hello? 8:30h de diferença!) e já iria viajar para Agra (a cidade do Taj Mahal – clique aqui para ler minhas dicas de lá) no dia seguinte bem cedo.
Nos outros 2 dias que estive na cidade, dividi meu roteiro entre parte nova e parte antiga e funcionou super bem!
Lugares para visitar
Humayun’s tomb
É o mais antigo mausoléu mongol de Delhi. Sua construção foi determinada pela viúva de Humayun e o local inspirou levemente a construção do Taj Mahal – dá pra perceber algumas semelhanças?
Por esses fatos históricos, recomendo que o Humayun’s tomb seja visitado antes do Taj Mahal, se possível. Primeiramente para poder observar as semelhanças entre os dois mausoléus e, além disso, porque depois de visitar o Taj, acho que o Humayun’s tomb pode ficar um pouquinho ofuscado…
Indian Gate
O Indian Gate foi construído em homenagem a todos os soldados indianos e britânicos que morreram na Primeira Guerra Mundial. Lá, uma chama eterna queima para também lembrar os soldados que morreram na guerra Índia-Paquistão, em 1971. O monumento é muito bonito e, sem dúvidas, merece ser visitado!
Templo de Lotus
Um dos templos hindus mais lindos e imperdíveis de se visitar! Como dá pra ver pela foto (e pelo nome!), esse templo foi construído no formato de uma flor de lótus, uma flor que não só é de extrema beleza, mas que também simboliza a pureza para a religião hindu – e, portanto, é tão importante e presente na cultura indiana.
Gurudwara Bangle Sahib
É o mais importante templo Sikhi em New Delhi – para quem não sabe, a religião Sikhi é uma das maiores e mais importantes religiões na India. O local é lindo, não só pela deslumbrante cúpula dourada, como pela aura de paz que reina lá dentro. Atrás do templo, há um lago sagrado.
Para entrar, é necessário tirar os sapatos e cobrir a cabeça, então, vale levar uma pashmina ou um lenço com você, quando for visitar o local. Caso você esqueça, existem algumas opções para pegar emprestado, na entrada do templo.
Shri Lakshimi Narain temple
Também conhecido como Birla Mandir, é um dos templos hindus mais importantes de Delhi. Foi inaugurado em 1938 e tinha como condição que pessoas de qualquer casta pudessem frenquentá-lo.
Um fato muito interessante sobre o local é que Mahatma Gandhi esteve presente lá, no seu primeiro puja.
Como de praxe, nos templos hindus, a entrada é grátis, porém não é permitido tirar fotos lá dentro.
Akshardham Temple
É maior templo hindu do mundo e foi um dos lugares que eu mais AMEI visitar. É enorme, lindíssimo e cheio de detalhes. O lugar tem uma paz e uma beleza fora da realidade, não deixe de ir de jeito nenhum!
Para ter uma ideia de como amei esse lugar, se voltasse para Delhi, reservaria um dia todinho pra passar lá dentro. Ah! Não deixe de visitar a lojinha do templo, cheia de coisas incríveis e ótima pra comprar lembrancinhas 😉
A entrada é gratuita, mas, infelizmente, não é permitido tirar fotos no interior do templo. De qualquer forma, na loja, há lindos livros com fotos do templo.
Red Fort
O Red Fort de Delhi é uma réplica do forte de Agra, construída pelo imperador mongol Shaha Jahan (o mesmo do Taj Mahal ❤️). Apesar de ser um lugar bonito, achei a visita a ele dispensável, para quem já foi ao forte original em Agra (veja nesse post, como é a visita ao Red Fort de Agra e todas as minhas dicas dessa cidade). Eu fui aos dois e não achei que ir nesse agregou muito não.
Jama Masjid
Essa é maior Mesquita da Índia e tem capacidade para receber 25.000 devotos. Sua construção também foi encomendada pelo imperador mogol Shah Jahan e ficou pronta em 1656.
Mercados de rua
Ir a um dos vários mercados de rua de Old Delhi é uma experiência absolutamente imperdível!
Um dos mais famoso é o Kinari Bazar, que fica na parte antiga da cidade, pertinho da estação de metrô Chand Chowk.
Os mercados são um pouco caóticos, mas com um pouco de paciência e munido de um bom olho para compras, é possível fazer ótimas aquisições! Ah, barganhar também é essencial!!
Eu comprei: potinhos de cobre (para servir comida em pequenas porções, no estilo indiano), produtos de ayurveda (cremes, sabonetes, gel facial etc.), bolsinha de mão e uma sapatilha (desses modelos da foto abaixo, só pela diversão de trazer algo típico!).
Andar de rickshaw
O richshaw é tipo uma bicicletinha, super tradicional na Índia, então, dar uma voltinha numa dessas é um passeio super típico (e divertido, considerando o trânsito louco da cidade!).
Não há um valor tabelado, então, é importante combinar o preço do trajeto com o motorista previamente. No nosso caso, demos uma volta por Old Delhi e o motorista disse para pagarmos o quanto achássemos razoável – demos Rs 200 e ele ficou bem contente.
Rajgaht
Nesse memorial, encontram-se as cinzas do grande líder indiano Mahatma Gandhi. O lugar consiste basicamente em uma plataforma de mármore negro, com a inscrição das últimas palavras de Gandhi (“He Ram” – “oh Deus”!) sobre a qual está colocada uma chama eterna.
O Rajgaht simboliza o local em que Gandhi foi cremado – como é o costume hindu – em 31 de janeiro de 1948, e abriga também os restos mortais de outros importante líderes locais.
A visita ao local é bem rapidinha, mas extremamente recomendável, pela sua importância histórica e cultural.
Qutb Minar
Nesse lugar, você encontrará o minarete de tijolo mais alto do mundo. Essa construção, de arquitetura indo-islâmica, tem 72,5 metros de altura e foi declarada patrimônio mundial da UNESCO.
Confesso que fui sem grandes expectativas e me surpreendi muito!
O minarete não é a única construção do complexo que, na minha opinião, é mais um dos pontos imperdíveis de se visitar na capital da Índia.
Onde comer?
The Qube
Restaurante em sistema de buffet, localizado dentro do hotel The Leela Palace. Confesso que não sou muito fã de buffet, mas esse restaurante surpreendeu MUITO!
Além do ambiente lindo e muito agradável, a comida era super gourmet e sofisticada e o restaurante foi uma ótima opção de almoço para provar várias comidas indianas típicas, de uma só vez.
O The Qube abre só para o almoço e é também onde é servido o cafe da manhã, para quem está hospedado no hotel.
Le Cirque
Filial do tradicional restaurante nova iorquino, não tem como errar indo nesse local! Fica também dentro do The Leela Palace e pode ser reservado por não hóspedes.
O restaurante oferece culinária franco-italiana e é uma excelente opção para dar uma pausa na gastronomia indiana (o que, às vezes, é necessário durante a viagem!).
The Spice Route
Esse restaurante é absolutamente imperdível!! Localizado dentro do hotel The Imperial (que aliás é cheio de boas opções gastronômicas) e focado na culinária do sudeste asiático, o The Spice Route chama atenção não só pela excelente comida oferecida, mas também pela sua decoração incrível.
Todas as paredes do restaurante foram pintadas com corantes naturais, à mão (!), por pintores trazidos de um templo em Guruvayur. Além disso, a decoração foi toda baseada no Feng Shui e cada área do restaurante tem um estilo próprio.
Para aproveitar ao máximo a experiência, pedi o menu degustação e não me arrependi nem um pouco! A comida estava deliciosa e, com toda a sinceridade, posso dizer que esse foi um dos restaurantes que eu mais amei conhecer, na vida.
Comidas de rua
Apesar de todo o cuidado com higiene e água que é preciso ter em uma viagem à Índia -como comentei nesse post -, é claro que dá pra comer em alguns lugares de rua, desde que você siga aquelas regrinhas básicas que falei lá.
Uma das coisas que mais AMEI provar na Índia foi um docinho chamado Balu Shahi. Juro, gente, voltei VICIADA e deprimida por não ter isso aqui no Brasil…rs
É muito fácil encontrar esse doce em qualquer padaria ou lanchonete de rua e vale MUITO a pena experimentar!
Bom, chegamos ao fim do post sobre Delhi e espero que vocês tenham gostado! Esse foi o primeiro post da série sobre as cidades que visitei na minha viagem para a Índia. No próximo, falo sobre Agra, a cidade do incrível Tah Mahal – não deixem de conferir! 😉
Obrigada pela visita!
Beijos, Camilla
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06.03.2019
Perfeito!!! Sensacional seu blog!!! Parabéns!!! E obrigada por compartilhar tantas experiências ! 🙂
07.03.2019
Muito obrigada, Nathalia!! Fico muito feliz em receber esse feedback 🙂
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